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quinta-feira, 12 de abril de 2012

Sentimento de sexta


Engraçado que quando a gente pensa em amor automaticamente vem em mente uma pessoa. Ou a mãe, ou o marido, ou o irmão, ou uma amiga... Difícil encontrar uma pessoa que quando fala em amor lembra de si.

Eu mesmo quando penso em amor penso no Rhennier, na minha mãe. Penso até no brigadeiro de Ovomaltine. Nunca pensei no amor redefinindo ele a minha pessoa.

O amor por nós mesmos. O amor pelo que a gente é de verdade. A autoconfiança. A autoestima.

Eu já ouvi várias vezes que você não consegue amar uma pessoa no real sentido do amor se você não se amar primeiro. E tenho percebido que é verdade.

Você só ama direito quando você cuida, quando aceita as diferenças, quando busca ser melhor praquela pessoa, quando abdica, quando ensina e quando aprende com aquela pessoa. Voltando isso pra nós mesmos, a gente só vive melhor quando se aceita, quando trabalha os pontos fracos, quando abdica de algo e aprimora o tempo, quando cuida do eu interno e do eu externo.

Depois que a gente se ama, a gente ama melhor o próximo. Depois que a gente se entende, a gente entende melhor o próximo. E isso acontece porque, depois que a gente se estuda sabe definir o que é uma raiva de uma mágoa, uma decepção de uma falsa expectativa, uma alegria momentânea de uma felicidade duradoura. Depois que a gente se estuda, a gente aprende a quebrar o pré-conceito das coisas. É isso mesmo... o PRÉ-conceito. Depois que nos estudamos a gente entende que chorar faz bem, que calar faz melhor ainda e que escutar é a chave de muitos problemas.

Aí, depois de se tornar mestre sobre nós mesmos, só aí, saberemos nos entregar de verdade. Saberemos colher os frutos de um amor maduro e real. Porque, dizer ‘eu te amo’ é fácil. Difícil é ter a percepção de que aquele é um momento de carinho e não de sermão. Difícil é aceitar a família do outro.  Difícil é acordar na segunda, com mau humor brabo e fazer um misto quente pro outro começar a segunda bem. Difícil é deixar o pedaço mais recheado da pizza, pro outro.

O amor tem que ser real. Primeiro por nós mesmos. O amor pelo próximo vai ser a consequência. Nunca mais nós julgaremos pelo momento porque o pensamento instantâneo vai ser: o que eu faria no lugar dele (a)? E quantos problemas nós teríamos ‘não vivido’ se colocássemos essa frase no topo das nossas atitudes, não é verdade?

E é isso. Muito amor pra gente, nessa sexta.

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